segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dois meses da tua ausência

Já passaram dois meses.
Interiormente ainda nem acredito. E nem nunca vou acreditar. Porque tiveste que partir tão cedo?
Todos sabíamos que as coisas não eram fáceis para ti (e para os que te rodeavam), mas sempre foste forte e ultrapassaste todos aqueles obstáculos! Pensei de este ser mais um e que tudo voltaria ao "normal".

Tantas foram as chamadas e mensagens que mandei, e ninguém sabia o que se passava. Ninguém.
Esperava uma resposta.. Quando a minha mãe me entra pelo quarto, com os olhos em lágrimas e diz o teu nome. Percebi logo, e não me contive. A minha raiva era tanta que só conseguia gritar. NÃO! Não acreditei! Pedi-lhe que ligasse para o hospital, e tudo o que me disseram era que não havia já nada a fazer.
Tive que continuar uma dia inteiro sem ter certezas do que realmente se passava, até receber a chamada da tua mãe à noite. Mal consegui dormir.
Sai das redes sociais, onde me faziam a toda a hora perguntas de ti e pus o telemóvel no silêncio. Mas lá durante a madrugada o voltei a pôr com som para ter notícias de ti.

Eram nove horas da manhã, o telemóvel toca. Ignorei, pensei de ser mais perguntas. Toca uma segunda vez e tive que abrir a mensagem. Era a Leonor "Diz-me que é mentira!". Fiquei confusa, até que vejo a mensagem seguinte da tua mãe "A minha princesa partiu.".
Foi o fim.

Só me restava despedir-me de ti, coisa que não tive coragem durante todas aquelas horas. Para mim era tudo mentira, um sonho estúpido (como muitos outros que tive).
O tempo estava a esgotar-se, e o último adeus estava perto. Ganhei coragem, fui e dei-te um último beijinho minha princesa.

Acredita, um dia voltaremos a encontrar-nos 




Desculpa este desabafo, mas a ideia de chegar ao café e não te ver uma vez mais ao pé nós é insuportável. Amo-te 




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